quarta-feira, 28 de março de 2012

Desafio Praias e Trilhas ( segundo dia, finalmente...)


Verdade seja dita, não sou um blogueiro dos bons e andei perdido uns meses aqui na minha rotina do dia a dia.Mas, atendendo  ao pedido do meu primo Fábio (42 à frente)  vou concluir o relato do desafio  Praias e trilhas. O fato é que dessa vez devido ao preparo insuficiente para a prova eu terminei o primeiro dia com 5kg a menos e totalmente esgotado física e emocionalmente. Pensava comigo mesmo : não vou correr amanhã. Já concluí essa prova ano passado e não preciso provar nada para mim e para ninguém. Fui para o quarto e apaguei na cama com esse pensamento. Por volta das 4 horas da madrugada eu acordei com um pensamento diferente...Vou tentar. Dormi mais uma vez. Lá pelas 6 horas já no lado de fora do hotel e vendo todo que  quase todo mundo tava com dificuldades decidi correr.
   As 7 horas já estava alinhado ao lado dos outros na praia da Joaquina. A largada é na praia e já nos primeiros metros de areia pegamos à direita em direção ás dunas. O interessante das dunas é que todo ano os morros modificam um pouco de posição. Ao invés de seguir a maioria pelo meio da areia fofa eu segui  pela lateral da trilha onde havia vegetação e o solo era mais firme. Desta forma consegui um bom ritmo para vencer as dunas. Saindo da trilha de areia pegamos um trecho curto de área urbana onde o pessoal da organização e alguns acompanhantes esperam para dar um último tchauzinho. Em seguida uma subida íngrime e uma trilha úmida levam direto para o topo da primeira “montanha” do dia.Chegando lá no alto já se consegue avistar a praia mole.A descida,porém é bem acidentada e novamente nós temos que encarar o charco.Não tem escapatória ,ou vc  atravessa pelo atoleiro do charco ou despenca  morro abaixo... Já na parte baixa do morro vem o trecho mais técnico e perigoso de costão. São uns 300 metros de rochas na encosta do mar agitado.Nessa parte eu aproveitei os “anos de praia” em que eu passei subindo e descendo essas pedras  para ultrapassar aqueles que estavam tendo dificuldades.
  
           Em seguida veio a praia mole ,onde eu aproveitei para tomar o Gatorade que trazia comigo. A essa altura eu já percebia que o meu ritmo era mais lento que no ano passado.Da Mole a corrida segue para a praia da Galheta. No meio da praia da Galheta vem um desvio que leva para uma trilha que vai zigue-zagueando até o alto do morro. Nesta parte eu já caminho alguns trechos sentindo a exaustão das pernas. Mesmo assim, ao lado de um atleta curitibano e um senhor Inglês numa conversa animada  chegamos rápido ao topo. Lá de cima somos compensados com o visual .Dá para ver a Joaquina, a Mole ,a Galheta, a Lagoa e o Moçambique numa visão de  360° belíssima. Depois de uma breve parada para fotos eu sigo morro abaixo junto com os outros dois corredores. Chegando na base da trilha passamos por trás de umas casas e a trilha acaba em uma ponte pencil que sobrepõe o rio e leva a uma rua da Barra da Lagoa.Mais um kilometro e eu chego no posto de abastecimento.Perto de umas 9 horas da manhã.Depois de um pit stop no banheiro, alguns copos de coca-cola, pão bisnaguinha ,bananas ,bata-frita e água , eu sigo pela areia da praia passando pelos banhistas que olham curiosos para os “loucos”.Deste ponto até o fim do Moçambique eu calculava uns 14 kilômetros de areia (dura no começo e fofa da metade para frente). O sol já dava amostras do que seria esse trecho, sem  nenhum ponto com sombra,sem subidas ou descidas, só uma praia sem fim...A medida que os quilômetros vão passando preguiçosamente , a quantidade de pessoas na praia vai diminuindo até chegar num ponto onde não se vê mais nenhum turista ou habitante sequer.Mais ou menos na metade do Moçambique eu me juntei ao veterano professor e ultramaratonista carioca Paulo Sobrinho ,sempre cheio de histórias pra contar ,o que ajuda muito num trecho como esse. Mais adiante encontrei o triatleta de floripa ,Escobar que me ofereceu uma batatinha cozida com sal. Já estávamos por volta das 11 horas ,com um sol fortíssimo e aquela batata foi o primeiro alimento decente que eu consumia desde o café da manhã  ás 6 horas. A essas alturas a maré cheia empurrava a gente sempre de encontro com a areia fofa e pesada.Aquilo ia minando lentamente a minha resistência e tornando a minha velocidade cada vez mais lenta. Eu já tinha “aberto” do  Sobrinho ,mas o Escobar já seguia o seu caminho alguns metros adiante. Faltavam ainda uns 3km antes de terminar a praia e chegar um pavoroso trecho montanhoso.Nesse ponto comecei a sentir que alguma coisa não estava bem comigo. Estava tonto , enauseado e literalmente me arrastando.

Quando cheguei no costão já passava do meio dia.Não havia nenhum tipo de apoio por lá, a não ser um rapaz do staff  torrando embaixo de um garda-sol velho. Nem água o coitado tinha. E a minha ,da camelback já tinha virado um “chá”( era só colocar o saquinho dentro, ou então a erva-mate ,no caso dos gaúchos). Assim como os outros, que estavam no mesmo “barco”, eu sentei  numa pedra grande ,tirei os tênis e as meias que estavam cheios daquela areia grossa do Moçambique. O gurizão do staff disse que nós teríamos até as 14 horas para chegar no posto do Costão do Santinho. Levando-se  em consideração que eram 12h e 20 min ,seria tempo suficiente para cruzar a montanha. Só que ele estava enganado quanto ao horário de corte. Quando o ultramaratonista Paulo Motta que geralmente fecha a prova passou apressado por nós em direção ao morro eu percebi que alguma coisa tava errada. Ou ele tava muito adiantado...Mas o meu estado físico me dizia o contrário.Eu olhava para a montanha e já me imaginava desmaiando em algum lugar ali para cima.Não tinha o que fazer naquele ponto :ou seguia adiante,  ou ficava ali torrando junto com o staff até vir alguém para recolher.E isso eu sabia que iria demorar muito.
Sendo assim eu saí na frente dos outros que estavam ali sentados na pedra e fui subindo pela trilha íngreme e acidentada. Um pé depois do outro ,passinhos de bebê...Nesse momento parecia que somente as pernas ainda funcionavam, o resto já tinha ido pro espaço. Não conseguia pensar em nada direito. Foi então que, ainda do lado do Moçambique ,mas já no alto do costão eu me deparei com um tipo de uma guarita de madeira improvisada virada bem para o lado de onde se vê a rapaziada surfando. Dentro dessa guarita, uma bancada com duas garrafas pet de 2l ,com o que parecia ser suco de laranja  e atrás delas dois rapazes sentados apreciando o visual...Parei na frente deles com os olhos brilhando e boca seca.Um deles me ofereceu água( já era um começo).Aceitei .Mal pude acreditar quando vi as pedras de gelo caindo no meu copo.Aquilo era a visão do paraíso. Mais adiante achei um lugar com sombra,sentei numa pedra , tomei a água e chupei todo o gelo como se fosse a melhor coisa do mundo.Depois disso eu dei uma acelerada e sempre olhado para trás eu ficava controlando a aproximação do pessoal que vinha mais no início. O mais chato  numa trilha de montanha é ficar correndo com alguém fungando no cangote querendo te ultrapassar onde não há ponto de ultrapassagem.Por isso eu mantive a frente.
Algum tempo depois já comei a descer. Eu vinha olhando para baixo , com medo de tropeçar naquela altura do campeonato. Quando percebi que alguém se aproximava vindo na direção contrária levantei a cabeça e para minha surpresa era uma senhora idosa caminhando devagar.Então eu pensei , se ela chegou até aqui eu tenho que conseguir chegar até a praia... E assim foi. Depois que a gente pega a trilha do costão do Santinho feita para os turistas menos aventureiros ,onde tem até corrimão ,tudo fica mais fácil.
Mais uma vez eu cheguei na praia.Agora era o Santinho , e eu já podia ver o posto de apoio no meio da praia.Quando me aproximei do posto , vi que a coordenadora vinha na minha direção com a prancheta na mão. Estranho...
Infelizmente o staff do Moçambique estava errado , o ponto de corte era às 13 horas e não às 14 como ele havia dito.Já eram 13 e 10 e ,portando , a corrida acabava para mim no km 67...Pela primeira vez, desde que comecei a correr em 2005, eu não conseguia completar uma prova. Uma sensação de frustração e tristeza invadiu a minha mente.
Enquanto eu tomava uma sopa de legumes sentado , o resto do pessoal chegava e já ia se formando uma pequena confusão por conta da informação errada no posto anterior. Certo mesmo estava o experiente Paulo Motta que correu todas as edições anteriores e passou desesperado por nós ainda lá no Moçambique. Ele conseguiu passar em cima do laço pelo ponto de corte e mais um ano iria fechar essa prova  inesquecível. Quanto a mim ,é possível que se continuasse a  prova, tivesse desmaiado e caído em algum ponto adiante.Não dá para saber.Desde os tempos do Muai Thay apredi que a dor é um sinal de vida e quando tudo fica quieto e a dor desaparece é que eu  devo me preocupar. Provavelmente estou inconciente. Fui me consolando dentro do carro de apoio que me levou até a chegada no hotel em Ponta das Canas.Alguns teimosos que vieram depois de mim continuaram a correr mesmo cortados ,só que ,  já na trilha dos ingleses, as marcações haviam sido recolhidas tornando as trilhas um labirinto sem saída para os “haoles”.E lá  foi o apoio resgatar os teimosos perdidos...
Já o hotel , parecia um misto de festa de empresa no final do ano com um hospital de campanha.Difícil de imaginar? Musica alta ,meninas do staff dançando , pessoas atiradas nas macas recebendo massagem , mesas cheias com conversas animadas,pessoas mancando ,sentadas no chão... A todo instante mais um guerreiro chegando com lágrimas nos olhos e o corpo surrado.O lob do hotel lotado  de corredores já de banho tomado e malas prontas esparramados nos sofás ,muitos deles dormindo na frente da TV.No primeiro andar eu me encontrava sentado no chão com outros cinco corredores,um deles com uma bolsa de gelo no tornozelo inchado ,esperando uma vaga no quarto disponibilizado para o banho. Mesmo tendo sido cortado no km 25 eu perdi 2,5kg nesse segudo dia ,totalizando 7,5kg perdidos por 2kg recuperados,ufa! Apesar do corte nesse segundo dia e  de ter de voltar para casa apenas com “meia” medalha,valeu apena não ter desistido sem tentar...Se tudo der certo em 2013 estou de volta para mais um desafio!

sábado, 12 de novembro de 2011

Desafio Praias e Trilhas 2011- relato do primeiro dia de prova( sol ,lama,vento e cãimbras!)

Essa prova completou esse ano a sua décima edição. Esta era para ser a última ,segundo o organizador prof.Carlos. Mas ele anunciou que em 2013 tem mais!!!Para mim era a segunda participação.Ano passado eu completei a prova fechando em mais de 17horas somando os dois dias .Sim são dois dias.Imaginem vocês se em um  dia de competição a gente já se diverte , em dois dias então...rs.
 Basicamente eu tinha que fazer 42km em um dia e mais 42km no dia seguinte.Tudo começa na Joaquina já na Sexta-feira onde pegamos o kit e em seguida caminhamos do hotel até um restaurante na beira da praia para o animado jantar da véspera.Revemos amigos ,conhecemos novos,mas basicamente são os “loucos” de sempre.Não viemos do mesmo “hospício” mas falamos a mesma língua...Depois do jantar reforçado ,voltei para o hotel ,preparei tudo( tudo mesmo) que eu ia precisar no dia seguinte e caí na cama.Difícil dormir com a adrenalina lá em cima.
No dia seguinte,quer dizer, às 4 da manhã levantei botei a bermuda de compressão e a camisa já com número e desci para tomar um café reforçado.Pão ,banana, bolo,leite ,suco , sem medo de ser feliz.Não pode isso ,não pode aquilo,esquece!Ou tu tem combustível ou é pane seca na certa! Às 5 horas eu já tava entrando em um dos 4 ônibus que trasportariam os atletas para a largada. Lá dentro eu lembrei do bloqueador solar que ficou no quarto(tarde demais).Olhei pro céu começando a clarear e nada de nuvens.Mais de uma hora sacolejando no ônibus e chegamos no pequeno colégio na região de Caieiras(extremo sul da ilha) onde acontece a largada. Direto para a pesagem oficial que faz parte das regras.Ok,  estou com 88,5kg( distribuídos em 1,81).Pesado,eu sei, mas meio quilo a mais que no ano passado apenas.
Passavam uns 10 minutos das 7 horas quando veio a contagem regressiva e a largada.Saímos por uma rua de asfalto totalmente deserta e cheia de subidas e descidas.Um bom aquecimento.Após  mais ou menos 1,5km dobramos a direita e uma subida íngreme nos levou direto para a primeira trilha, a trilha de Naufragádos. Eu , já suando em bicas,sigo caminhando apressadamente na fila indiana de corredores pela trilha acidentada. Corre-se quando dá ,caminha-se quando é preciso.Um fungando no cangote do outro, pedindo passagem , dando passagem  e assim vai...Apesar do sol que já se anunciava ,as chuvas da semana anterior tinham deixado as trilhas muito úmidas e extremamente perigosas.Mesmo usando um Salomon XA Pro eu seguia na trilha com o máximo cuidado pra não cair.Mas tava tão úmido que a queda era inevitável ,só não sabia onde nem quando,rs. Na descida da trilha escorreguei e bati o joelho numa pedra.Só um ralado e nada de mais grave ,segui em frente.No fim da trilha o visual compensador da linda praia de Naufragados.Dá vontade de ficar por ali mesmo!Mas a praia é pequena e depois de uns 300 metros de areia  eu já estava na trilha de novo. Dessa vez uma trilha mais longa ,dura e úmida. Começam as minhas câimbras,que maravilha! Numa das descidas lamacentas eu escorrego e pá!Cãimbra nas duas panturrilhas.Caí no chão urrando de dor.Um cara que vinha atrás achou que eu tinha quebrado a perna,rs.Falei pra ele continuar que tava tudo bem e era só esperar a musculatura completar a contração. Minutos depois eu tava de volta à prova. Nas subidas as câimbras vinham no músculo reto femural  enquanto nas descidas vinham nas panturrilhas.Aos trancos e barrancos eu sigo em frente até que a trilha chega numa área aberta perto do mar.Chegamos na comunidade do Saquinho ,onde uma senhora moradora do local espera a gente com água ,bolachas ,coca e até um banheiro se for necessário.Faço uma breve parada e continuo em frente.Agora numa pista de cimento que leva à uma subida absurda.O limo na pista e a inclinação fazem alguns corredores seguirem pelo mato(como eu) enquanto outros vão literalmente engatinhando pra não cair.Finalmente chegamos na praia da Solidão!Mais um visual compensador, adoro essa praia!!!

Depois dessa curta praia e mais um trecho de costão chego na praia de Pântano do Sul.A areia dura é um alívio para mim ,que sigo perdido nos meus pensamentos olhado as crianças bricando ,pessoas caminhando , muitos olhando incrédulos para a figura suja de lama correndo com uma “mochilinha” nas costas,rs. No final do Pântano do Sul ,em frente ao badalado bar e restaurante do Arante está a barraca da organização do praias e trilhas.Parada obrigatória. Hora de abastecer a camelback, comer muita banana, pão “bisnaguinha”( que só desce se molhado na coca),muita coca-cola e água.Esse foi o meu almoço.Sem perder muito tempo voltei para prova seguindo pela rua que dá acesso à praia.A essa altura as pernas já estavam exaustas  embora a dor no joelho que eu tive ano passado nem apareceu.Passei na frente de uma mercearia e dois “ilhéus” me perguntaram se eu ia pegar a trilha do matadeiro.Eu fiz que sim sem entender a cara de espanto deles,rs.Tinha agora pela frente a pior ,mais longa e cansativa trilha.A impressão que eu tive foi que passei horas e horas dentro da mata, muitas delas completamente sozinho botando um pé na frente do outro ,correndo mais por instinto que por vontade...Certeza que eu tava mais debilitado que o ano passado.Depois de muito tempo a trilha acabou e eu cheguei na paradisíca lagoinha do Leste, um lugar mágico e totalmente deserto.Só que esse ano a areia tava muito mole e a maré alta espremendo  a gente para cima.Atravessei a praia e cheguei no costão que me esperava no outro extremo.Lembrei que tinha uma bica de água pura ,fui até ela bebi,bebi muito.Uma água gelada que vinha de alguma nascente no alto do morro.Aí veio o costão do matadeiro ,que também é longo ,mas sempre tem gente caminhando por ali então passa mais rápido.Já na praia do Matadeiro tava rolando um campeonato de surf local e tive que desviar dos vários surfistas que vinham na direção oposta.Do matadeiro passando por uma pequena ponte chegamos na praia de armação onde tinha o último posto de abastecimento grande antes da chegada. Dessa vez eu fui no banheiro, depois sentei ,tomei uma coca ,comi mais bananas e esperei  um pouco antes de partir por  uma espécie de dique que a prefeitura construiu para conter o avanço do mar. Uns 2km de alívio antes de pegar a areia fofa de novo.Claro ,eu não falei aqui,mas todo esse tempo  na presença de céu azul sem nuvens e um sol mostrando toda a sua força. Isso vai minando as forças da pessoa e sem que ela perceba vai surgindo a ensolação...Das areias da armação segui em direção ao morro das pedras ,onde pegamos um trecho curto de asfalto até a praia do Campeche. No Campeche  eu arriei,rs.Sentei na escada e tirei o tênis, que com a areia e a umidade parecia tar pesando uns 3kg cada pé. Calcei os tênis nas mãos e segui de meias  , para espanto dos praieiros de plantão.Imaginem a cena: todo sujo,correndo com dificuldades pela areia, de meias e com os tênis nas mãos.Esse era eu.Um vento fortíssimo começou a soprar contra transformando os 8km finais de areia levemente fofa em um martírio para mim.Eu evitava olhar para o horizonte porque o hotel na Joaquina é como uma miragem de um ponto distante que não se aproxima nunca.Fui obrigado a usar a técnica do Dean Karnazes(“passinhos de bebê”) para conseguir chegar na Joaquina.
  Após 8h e 58 min eu cheguei na Joaca, todo encarquilhado. Tava tão exausto que nem lembrei da medalha.A menina veio correndo atrás de mim,rs. Na pesagem obrigatória descobri que tinha perdido 4,5kg  e ainda era apenas o primeiro dia! Tomei dois copos de sopa quente, fui para o meu quarto e entrei no chuveiro.Eram umas 4 e meia da  tarde quando saí do chuveiro ,tomei 2 frascos de ALLPROX gelados ,um comprimido de nimesulida , caí na cama e “desmaiei”.As 20 e30 levantei e fui para o restaurante tratar de comer tudo o que tinha direito. Pensei sériamente em não largar no dia seguinte ,principalmente por causa das cãimbras.Essa dúvida foi comigo para cama nesse dia e me atormentou a noite inteira até o dia seguinte... Termino aqui o looooongo e detalhado relato do primeiro dia dessa prova!



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fé em Deus e pé na trilha!Lá vou eu...

    Faz um ano que eu fiz o Desafio Praias e Trilhas pela primeira vez...Treinei muito daquela vez e consegui completar a prova.No mês seguinte ainda me atrevi a correr a maratona de Curitiba e fechei o ano em Sampa na  minha 4ª São Silvestre. Acontece que no dia 3 de Janeiro ,a caminho do trabalho , eu sofri um acidente de carro bem feio.Passei num buraco ,me perdi ,bati numa mureta e capotei umas3ou 4 vezes. Graças a Deus não envolvi ninguém no acidente a não ser eu mesmo.Meu carro deu perda total e eu terminei com 2 hérnias( segundo o médico) e uma fratura na vertebra lombar (L2) que não afetou a medula.Enfim nasci de novo! Só que tive que ficar 6 meses de molho sem atividades físicas e acabei engordando acho que uns 7 quilos mais ou menos. De volta ás corridas já fiz uma meia maratona e outras corridas menores. Treinei 3 meses forte e estou indo para Joaquina amanhã tentar completar mais um desafio. Se eu vou conseguir não sei .Só sei que adoro esse tipo de corrida e vou me divertir um monte lá.Se não der tudo bem , mas estou tranquilo...Vamos lá!!!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Treino nas areias do Ervino e da Praia Grande!

          Faltando alguns dias para o Desafio Praias e Trilhas!!! As vezes acho que não estou preparado ,em outros momentos acho que estou...Difícil saber se vc está preparado para passar 2 dias correndo ,caminhando , escalando ,subindo e descendo  84km em trilhas ,praias e costões. A única certeza que eu tenho é que vou estar fazendo o que eu gosto num lugar lindo e com amigos!Bom ,antes disso , mais um treino ,agora com menos kilometragem ,porém nas areias fofas  identicas às que eu devo enfrentar na prova.Fazia alguns anos que eu não visitava essa região da ilha de São Francisco do Sul. Em 2007 eu participei e fui campeão na cat. trio da Volta à ilha de São Francisco(90k) ,outra prova da Ecofloripa.Desta vez tive uma surpresa quando cheguei na praia grande.Fiquei impressionado com a quantidade absurda de lixo que o oceano "cuspiu" na praia. Lixo que  "nós" produzimos e jogamos nos rios que por sua vez levam para o oceano que trata de devolver para terra.Encontrei dois capacetes de moto, inúmeras garrafas,sapatos ,etc.Acho que o prefeito e os vereadores não devem ir para aqueles lados!Como eu estava correndo acabei não fotografando esses trechos de lixo puro.Foi até difícil de correr, tive que baixar a cabeça e olhar para o chão quase o tempo todo.Tirando isso ,foi um treino tranquilo e gostoso ,afinal correr escutando as ondas quebrando e o barulhinho da espuma do mar é demais!


        Daqui pra frente é só rodar  e esperar o dia da competição para ver o que vai dar.Espero que São Pedro faça sua parte e nos brinde com dois dias de sol!!!